Termo que teve origem na mitologia grega, mais precisamente na história da Hidra de Lerna, o monstro de várias cabeças, a expressão designa desde algo muito difícil, perpassando pela máxima "fazer um bicho de 7 cabeças", que assume a acepção conotativa de exagero. Engraçado como não se pode deixar de relacionar com os textos bíblicos, que também fazem referência a tal figura, mas que causa temor e curiosidade. Particularmente, adoro a música postada anteriormente, que recebe o mesmo título, porém na versão instrumental. Também remete ao filme "Bicho de 7 cabeças", que trouxe o excelente ator Rodrigo Santoro na pele de Neto, um rapaz que é internado pelos pais por ter sido pego em flagrante com um baseado no bolso. Exagero ou complicado, tanto faz o significado que se possa atribuir à situação apresentada na sinopse do filme, mas vale dizer que toda vez em que não se sabe lidar com alguma situação, cria-se o referido monstro. Muitas vezes, criamos um verdadeiro monstro internamente..são situações de conflito com as quais, muitas vezes, não temos a hombridade de reconhecer que não sabemos tratar.Realmente não é fácil lidar com fatores surpresas e, caimos na impotência em não sabermos administrar determinadas circunstâncias ou agimos impulsivamente, arcando com conseqüências posteriores (ops, o trema já caiu em desuso!). O que importa é que não podemos julgar as atitudes alheias como um reflexo de nosso pensamento, sob pena de sermos ou interpretarmos atitudes errôneamente. Flexibilidade e empatia são, ao meu ver, palavras-chave. Mesmo assim, não se pode prever o que se passa na mente das pessoas, então é preciso um olhar atento e dogmático sobre a vida e a natureza das pessoas. Muitas vezes ouvi: "Sou assim e não vou mudar. É uma condição de minha personalidade". Prefiro pensar que o maior desafio e a mais nobre ação consiste em doutrinar-se, em lutar contra a própria natureza e, dessa forma, não criar ou até mesmo despertar o bicho de sete cabeças.